Quando falamos de tratamento de doenças crônicas graves, muitas vezes pensamos apenas em “lutar contra a doença” e “viver mais tempo”. Mas para muitos pacientes com doenças graves em estágio avançado, o desejo principal é diferente: ter qualidade de vida, menos dor e mais conforto.
Um estudo recente mostrou que muitos pacientes sentem que seus médicos não estão respeitando seus desejos. Em vez de receber cuidados voltados para aliviar o sofrimento físico, mental, espiritual e social, acabam recebendo tratamentos agressivos que buscam prolongar a vida — mesmo quando não é isso que as pessoas querem para seu tratamento.
Esse desencontro revela um ponto muito importante: a autonomia do paciente. Cada pessoa tem o direito de decidir como quer ser cuidada. Isso significa que médicos e equipes de saúde precisam conversar de forma aberta e clara sobre os objetivos do tratamento.
O que realmente importa? Para alguns, pode ser ganhar mais tempo. Para outros, pode ser viver com dignidade e conforto, ao lado da família. Nenhuma escolha é “certa ou errada” — o que importa é respeitar a vontade de cada pessoa.
Esse é um tema essencial dentro dos cuidados paliativos, pois reforça a ideia de que o tratamento não deve ser apenas sobre a doença, mas sobre a vida, a história e os desejos de quem está vivendo o processo.
Referência utilizada em: THOMPSON, Dennis. Many Cancer Patients Say Doctors Aren’t Honoring Their Treatment Desires. HealthDay, 26 ago. 2025. Health-A-to-Z – Cancer.