A importância de respeitar o silêncio durante uma conversa é além do bem estar e confiança que pode oferecer a pessoa. Estudiosos trazem diversos benefícios para essa prática.
1. Abordagem centrada na pessoa (ACP): Rogers desenvolveu uma forma de terapia baseada na crença de que cada indivíduo possui recursos internos para o autoconhecimento e crescimento dentro do silêncio.
2. Comunicação além das palavras: Na ACP, o silêncio é uma forma de comunicação que envolve emoções, sensações e reflexões profundas.
3. Silêncio como presença terapêutica: Mais do que ausência de diálogo, o silêncio compartilha o espaço emocional, oferecendo acolhimento e empatia.
4. Tipos de silêncio: Pode estar ligado à relação consigo (p. ex., organização interna) ou ao terapeuta (p. ex., medo, teste de confiança) – cada um com significado próprio.
5. Função terapêutica: O silêncio permite observação empática e aceitação incondicional, fortalecendo a confiança e abrindo espaço para autodescoberta.
6. Relevância prática: Respeitar o silêncio é criar um ambiente psicológico seguro, onde o paciente tem liberdade para se expressar no seu tempo.
Conclusão
O silêncio, longe de ser vazio, é um canal poderoso de conexão na psicoterapia centrada na pessoa. Ele possibilita que conteúdos internos emergentes ganhem espaço, acolhimento e significado – abrindo passagens transformadoras para o autoconhecimento e o crescimento.
Referencial: SCHÜTZ, Daiana Meregalli; ITAQUI, Luciara Gervasio. O silêncio na psicoterapia à luz da abordagem centrada na pessoa. Revista do NUFEN, Belém, v. 8, n. 1, p. 76–90, 2016. Disponível em: https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-25912016000100006.